quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Credibilização no futebol

A credibilização do futebol está na ordem do dia. A regulamentação da Lei de Bases do Desporto a ser votada na especialidade reúne vários diplomas que merecem o consenso geral, na Assembleia da República, como o novo regime jurídico de incompatibilidades aos agentes desportivos, a especificidade dos atletas profissionais no regime da Segurança Social, ou a não obrigatoriedade de renovação do estatuto de Utilidade Pública.
Para o adepto anónimo diplomas como estes são no mínimo desinteressantes e não lhe conferem mais valias. Mas um olhar mais atento podemos verificar que a responsabilização dos agentes desportivos pode estar a começar agora.
Os árbitros foram a primeira classe a entregar a declaração de registo de interesses, outros têm de se seguir de forma a não serem discriminados. Espera-se que os Observadores o façam também.
A Liga de Clubes Profissionais demonstra estar com vontade de devolver o espectáculo ao futebol. Não se sabe se tem força, coragem, para ir até ao fim.
As épocas estão muito hipotecadas com as tranches recebidas da Televisão para os próximos anos. Haver jogos desde sexta a terça, a todas as horas, é um mau serviço ao desporto.
Em Espanha os jogos realizam-se ao domingo à tarde, à mesma hora, exceptuando os dois que são televisionados: um no sábado, outro no domingo à noite. E em Espanha o futebol não tem componente comercial?! Claro que tem e é concentrando o espectáculo futebol que o público adere, motiva-se.
Neste país tudo chegam mais tarde e, quando chega, já vem hipotecado.
28 de Novembro de 2006

Géneros jornalísticos

A comunicação social, desportiva, tem dado pouco relevo do que de bom e mau se passa no desporto. A notícia passa quase sempre pelo resultado, excelente de preferência, de um atleta ou clube. Dos dois géneros jornalísticos: informativos e opinativos, que têm funções diferentes e complementares, só o primeiro em forma de relato aparece.
O artigo de opinião sustentado por uma tese é, muitas das vezes, polémico e é frontal. Não é fácil fazê-lo.
A opinião é, obrigatoriamente, identificada.
A nível nacional a comunicação social desportiva continua a não informar sobre os agentes desportivos que são arguidos no processo apito dourado. Ignora por completo o caso. Quando assim é a nível nacional, imagine-se a dificuldade a nível regional.
Nos últimos anos os clubes instituíram as conferências de imprensa e só aparece quem eles querem e quando querem. A dependência da comunicação social é hoje muito grande em relação às informações recolhidas sobres os clubes.
Os clubes são por sua vez muito dependentes dos poderes políticos em termos económicos.
Perante tudo isso constata-se, facilmente, que em meios pequenos as dificuldades aumentam e aparecem os casos como o do Governo dos Açores que atribui uma verba de publicidade no valor de 100.000€ a um só clube e a imprensa local tem dificuldade em questionar a situação. O jornalismo de proximidade tem poucos recursos humanos e económicos.
Mas há bons exemplos. E são esses de espírito crítico, livre e construtivo que nos dão prazer em ler e ouvir.
8 de Novembro de 2006

É mãe de atleta?

Nos dias de hoje, cada vez mais são as mães a acompanharem os filhos na prática desportiva. Nos jogos essa presença é partilhada com o pai, ...