quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O caminho natural

A escolha de um treinador é sempre um processo difícil. Perfilam-se sempre vários candidatos a exercerem um cargo de treinador em quase todos os clubes. Quem tem de fazer a opção de escolha deve ponderar sempre vários aspectos.
Assim como os clubes, também os treinadores, possuem características diferentes e têm a sua própria marca. O futebol tem evoluído consideravelmente em termos científicos que dão base ao treino. Os técnicos constituem equipas, as chamadas «Equipas Técnicas», com o propósito de gerirem todas as áreas técnicas, psíquicas e físicas do grupo de trabalho.
Estratégia, trabalho, disciplina, versatilidade, amizade, psicologia e conhecimento de recursos humanos existentes são termos que hoje, quase todos, os Técnicos dominam.
As Equipas Técnicas são elas, também, geradoras de novos líderes. O papel exercido pelos colaboradores do Técnico Principal permite a estes a aquisição de inúmeros conhecimentos e vivências que os obrigam mais tarde ou mais cedo a fazerem eles próprios o seu caminho.
Mourinho é o caso mais mediático de um “Adjunto” que evolui para Técnico Principal. Na região de Viseu outros seguem este caminho. O começo nas camadas jovens e a passagem a uma equipa técnica é, quase sempre, um óptimo caminho. A muitos falta a paciência para passarem por todos estes degraus.

Prof. João Paulo Correia e Mister Carlos Agostinho

Em Viseu existem técnicos, que têm condições, para darem o salto para a liderança de uma equipa pelo trabalho desenvolvido, quase sempre, na sombra do Técnico Principal. Prof. João Paulo Correia e Prof. Vitó Marques, são exemplos deste grupo de colaboradores.

in Jornal do Centro de 30 de Maio de 2007


Mourinho: The special one

José Mourinho é, justamente, considerado o melhor treinador português.
As derrotas desportivas que tem sofrido nos últimos jogos parecem agradar a muita gente. Muitos portugueses vibram com essas derrotas. Não se compreendem estes sorrisos irónicos por quem tem sucesso profissional.
Mourinho é um dos treinadores com mais êxito desportivo nos últimos cinco anos. O reconhecimento do seu mérito é mundial. A sua reputação só tem sido manchada pelo seu «mau perder».
Sabe-se que, no estrangeiro, Mourinho só é amado enquanto tiver vitórias desportivas. Em Portugal deve ser amado pela qualidade do seu trabalho, pelos êxitos que alcança, por ser um português de sucesso e que não se deixa pisar por ser lusitano. A Inglaterra só o quer enquanto ele ganhar.



Mister Mourinho


O mau perder tem prejudicado a imagem do técnico do Chelsea que continua inebriado na sua pessoa. Não podemos apoiar todos os gestos e atitudes de Mourinho, mas enaltecer a qualidade do seu trabalho. São os próprios atletas a elogiarem-no.
Mourinho promete e tem conseguido cumprir as promessas. É diferente até nisso. Um treinador de futebol é um líder pela função que ocupa. Mourinho já é um líder por natureza.
Os portugueses demonstram não serem capazes de reconhecer o sucesso de um conterrâneo, sem qualquer inveja.
A Liga Profissional Portuguesa de Futebol foi a que teve mais «chicotadas psicológicas», em toda a Europa, durante esta época. Difícil ser treinador de futebol numa mentalidade destas. Não basta a falta de organização e rigor no futebol português!

in Jornal do Centro de 16 de Maio de 2007


“Não Querer é Poder”

A propósito do último Benfica-Sporting cabe fazer uma referência à opção do clube leonino em segurar 1 ponto (nos últimos 20 minutos). O futebol português é o do “Apito Dourado”, dos ordenados em atraso, dos estádios vazios, dos comentadores do dia seguinte serem advogados de gravata, dos fracos espectáculos, da Formação coxa. Esta é a caracterização real do futebol português.
Perante isto a opção do Sporting em jogar para a Liga dos Campeões é legítima. Clubes como F.C.Porto, Benfica e Sporting não devem estar ausentes nesta competição.
A vitória no campeonato nacional português ou Liga de uma qualquer empresa começa a ser menos importante. Quem não está na Europa do futebol não existe.
Os milhões de euros que a Liga dos Campeões proporciona e a competitividade desportiva que lhe está inerente são mais do que suficientes para justificar a primazia de lutar por um lugar que dê acesso directo à prova.
Vários clubes abdicam nas competições internas da melhor equipa, numa gestão que lhes permita andar o mais tempo possível nas provas europeias.

Processo Apito Dourado
Os clubes não podem gerir época a época, têm de ter uma visão estratégica a médio prazo, de forma a não terem num resultado desportivo, menos bom, uma sentença de morte na gestão orçamental.
Não se sabe quando haverá um campeonato europeu de clubes, mas convém desde já ir somando pontos para quando esse momento chegar se estar posicionado na grelha de partida de forma que não se fique de fora.
Não querer é um Poder ao alcance de quem toma opções.

in Jornal do Centro de 03 de Maio de 2007

É mãe de atleta?

Nos dias de hoje, cada vez mais são as mães a acompanharem os filhos na prática desportiva. Nos jogos essa presença é partilhada com o pai, ...