quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A qualidade de hoje é a quantidade de amanhã

As responsabilidades assumidas por quem publica os seus trabalhos, independentes do suporte informativo, aumentam com o tempo. A credibilidade é importante e não pode estar em causa, sob o risco de se escrever para o «boneco».
A conjuntura desportiva viseense não permite por vezes grandes reflexões e exposição de novas ideias, de propostas de novas sugestões. Viseu é, ainda, uma pequena cidade em termos de movimento desportivo.
Os resultados publicados pelo INE sobre o número de praticantes federados nas várias modalidades no distrito de Viseu demonstram isso mesmo, que muitas crianças e jovens estão afastadas da prática desportiva. Fora das modalidades «tradicionais» (futebol, andebol e basquetebol) o Distrito de Viseu tem apenas 2.055 atletas federados!
O porquê deste afastamento é a reflexão que se deve fazer. Como motivar crianças e jovens para a prática do desporto?! Não será certamente com retóricas ou rivalidades parolas. A juventude actual é mais exigente e tem outras motivações e focos de interesse. Quer qualidade.
O desporto é mágico. Tem na sua essência algo que os jogos de computador, a televisão ou outras distracções não têm, nem nunca terão. É esta vertente aliada a novas estruturas desportivas e com o valor reconhecido dos técnicos desportivos que se deve disponibilizar. É preciso ajudar a região a superar a condição de “interioridade” e os mais jovens a terem uma vida mais saudável.
O tema, longe de estar esgotado, exige que outros o tratem. No terreno.

in Jornal do Centro (17-02-2006)



“Nem todos os caminhos são para todos os caminhantes”

A época desportiva 2005/06 está a marcar o desporto português negativamente. A falência dos clubes, dos sistemas são uma realidade que já não se pode mais ocultar.
A realização de Acções que visam debater o desporto e trabalhar uma renovação da Lei de Bases do Sistema Desportivo têm vindo a multiplicar-se, mas continua a não haver incentivos para o aparecimento de agentes desportivos.
A falta de dirigentes, de pessoas disponíveis para a gestão das Associações, Agremiações desportivas e culturais é um grande entrave ao desenvolvimento de um desporto, sustentado, em Portugal. A profissionalização ainda não é possível num país com as graves dificuldades financeiras e organizacionais como nós, e o dirigismo amador não tem conseguido dar resposta às necessidades cada vez mais exigentes do desporto de competição.
Uma nova estratégia deve ser pensada. Os desportos colectivos são de vital importância na formação da criança/jovem. A Escola, as Associações sabem disso e têm de dar a resposta a essa necessidade. E os Pais?! Que se tornaram os dirigentes, os seccionistas que garantem o funcionamento de muitas equipas? Talvez ensinar os filhos a gostar de outros desportos, de fazer uma educação desportiva diferente da existente.
O Ténis de Mesa, o Judo, o Tiro, o Karting, o Golfe, o Ténis, a Patinagem, o Ciclismo, o Atletismo são modalidades que podem seguir o exemplo positivo da Natação que se pratica no AVFC e que tão bons resultados tem dado ao Clube, Atletas, Treinadores, Pais e… à Cidade.


in Jornal do Centro (03-01-2006)

É mãe de atleta?

Nos dias de hoje, cada vez mais são as mães a acompanharem os filhos na prática desportiva. Nos jogos essa presença é partilhada com o pai, ...