sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Eu quero que meu filho seja jogador profissional de futebol



𝗖𝗵𝗮𝗹𝗮𝗻𝗮 𝗲𝗿𝗮 𝗱𝗶𝗳𝗲𝗿𝗲𝗻𝘁𝗲: "Passa a bola ao menino"

𝐎 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐣𝐨𝐠𝐨 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥, 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐬𝐭𝐢, 𝐟𝐨𝐢 𝐨 𝐁𝐞𝐧𝐟𝐢𝐜𝐚 – 𝐓𝐨𝐫𝐩𝐞𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐌𝐨𝐬𝐜𝐨𝐯𝐨, 𝐧𝐨 𝐝𝐢𝐚 𝟎𝟓 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐭𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟗𝟕𝟕, 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐚 𝐓𝐚ç𝐚 𝐝𝐨 𝐂𝐚𝐦𝐩𝐞õ𝐞𝐬 𝐄𝐮𝐫𝐨𝐩𝐞𝐮𝐬.

Com 10 anos de idade e "sozinho" em Lisboa, tive a oportunidade de, durante uma semana, assistir a quatro jogos acompanhando diferentes familiares. No entanto, este foi um jogo muito especial por estarem 60.000 pessoas a assistir no estádio. A minha estupefação era enorme. Nunca tinha visto tanta gente junta.
As memórias também são uma invenção e atraiçoam-nos por vezes. Porém, eu recordo este jogo por tudo o que vivi neste dia e nesta noite em Lisboa. Dos jogadores, lembro me de Bento, Humberto e Chalana. O primeiro porque tinha agilidade e coragem incomuns. O capitão, pela classe, sobriedade e forma como comandava a equipa. Chalana, por ser o Chalana. Um jovem de 18 anos com um talento extraordinário. A cada toque seu, parecia que o estádio vinha abaixo. Empolgava a sua ousadia de correr para a defesa contrária e contorná-la. Eram os momentos em que eu mais prestava atenção ao jogo.
Esta era a primeira vez que assistia ao futebol do Chalana ao vivo. Era diferente. Não sei dizer se melhor. Mas era diferente. Os companheiros sabiam disso e a liberdade que ele tinha para ser "vadio" dentro do campo era a prova. O público agitava-se sempre que a bola lhe chegava aos pés. Era impressionante.
Eu queria absorver tudo que se passava no Estádio da Luz. Não só o jogo, mas sobretudo o seu ambiente. Lembro de olhar em redor e reparar que não passava um milésimo de segundo que fosse sem que houvesse um fósforo ou isqueiro a acender um cigarro. Prova do nervosismo e empolgamento do público. Era um espetáculo dentro do espetáculo e eu não queria perder pitada.
Benfica - Torpedo de Moscovo (1977)

Poucos anos depois, vi Chalana nos pelados do Conde da Anadia, em Mangualde, e no Estádio do Fontelo, em Viseu. Mesmo nos pelados, Chalana era bola no pé e muita ginga. Quem não gostava de ver Chalana jogar, não gostava de futebol. As preocupações dos treinadores adversários para com o pequeno genial dão excelentes histórias. A marcação individual era a tática mais utilizada e muitos dos jogadores adversários levaram a rigor o "segue o homem por todo o lado". Até os adversários o idolatravam.

Académico - Benfica

G D Mangualde - Benfica


O Campeonato Europeu de 1984 é o momento de reconhecimento do seu talento internacionalmente. É inesquecível para a minha geração. Ver Fernando Chalana jogar era uma aprendizagem constante que queríamos transferir para os nossos jogos. Mas era impossível. Só ele tinha aquela genialidade.
Chalana era um ídolo para todos os jovens que praticavam desporto e foi sempre um ser humano humilde e bom. Mesmo depois de acabar a carreira, Chalana nunca se envolveu em polémicas de fanatismos clubísticos, que não fazem sentido. A sua vida pessoal foi das primeiras a ser "televisionada" com a participação no programa de Herman José, o Tal Canal. Tudo era novidade com o pequeno genial.
Para mim será sempre um exemplo de atleta.
Obrigado, Chalana!

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Pizzi

"𝑶𝒔 𝒎𝒊ú𝒅𝒐𝒔 𝒏ã𝒐 𝒅𝒆𝒗𝒊𝒂𝒎 𝒕𝒆𝒓 𝒂 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒑𝒂𝒊𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒕ê𝒎 𝒉𝒐𝒋𝒆 𝒆𝒎 𝒅𝒊𝒂" Pizzi

Os pais também jogam

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