quinta-feira, 23 de abril de 2020

O Ronaldo da natação


A 23 de abril celebra-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, dia ideal para ler e/ou partilhar um livro com outras pessoas e para conhecer novos livros pelos quais se pode apaixonar.

A UNESCO instituiu em 1995 este dia e a data foi escolhida por ser um dia importante para a literatura mundial – foi a 23 de abril de 1616 que faleceu Miguel de Cervantes e a 23 de abril de 1899 que nasceu Vladimir Nabokov. O dia 23 de abril é também recordado como o dia em que nasceu e morreu o famoso escritor inglês William Shakespeare.
O Direito de Autor é um direito de cultura, e do seu respeito depende a sobrevivência desta. É um dos Direitos do Homem, como tal proclamado na respetiva Declaração Universal dos Direitos Humanos, é fundamental para estimular e favorecer a atividade criadora dos homens, permitir a difusão de ideias e facilitar o acesso do público em geral às obras intelectuais.
Encontrar o livro certo, no momento certo, para a pessoa certa, é um momento para toda a vida e inesquecível. É o mais importante da leitura. Mesmo no mundo de hoje, informatizado, invadido por imagens, a leitura é insubstituível e os outros suportes apenas a podem completar.
O prazer de ler um livro que nos motiva, que nos «agarra», perdurará no tempo e ficará sempre como um dos livros da nossa vida. São poucos os objetos que transportamos ao longo da vida. Os livros acompanhar-nos-ão sempre.

Portugal é um país onde se lê pouco e em que o hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que se aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Não se pode deixar de dar razão a António Lobo Antunes que referiu em 2003: “A cultura assusta muito. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”
A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos obter conhecimento, dinamizar o raciocínio, enriquecer nosso vocabulário, e a interpretação. Não ter paciência para ler um livro, isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito as pessoas saberiam apreciar um bom livro, uma boa história.
Em nossa sociedade, ler, tem uma função primordial de despertar e proporcionar conhecimentos básicos que venham contribuir para construção integral da vida em sociedade e para o exercício da cidadania.
Milan Kundera em «A insustentável leveza do ser» escreveu: “gostava de passear na rua com livros debaixo do braço. Eram para ela o que a elegante bengala era para um dândi do século passado. Eles a distinguiam das outras”.
Ao longo da história da humanidade, o hábito de ler representa um sinal distintivo, de dignidade e saber.

Hoje (23 de abril) é oportuno perguntar: Que livros leram?! Que livros vão ler?!


A leitura, para a minha geração, começou na banda desenhada (para termos acesso a uma maior quantidade de livros e como não tínhamos dinheiro para os comprar, íamos trocá-los a quiosques), e pelos clássicos infanto-juvenis como “As aventuras dos sete”, “O principezinho”, “O meu pé de laranja lima”, “1001 léguas submarinas” e diversas coletâneas de histórias.
É na adolescência – uma extraordinária etapa na vida de todas as pessoas, que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade e onde os livros que lemos são um importante meio de transmissão de cultura e informação, e elemento fundamental nesse processo. Recordo, entre muitos, a leitura de “Os filhos da droga” Christiane F, “Capitães de Areia” de Jorge Amado, “1984” de George Orwell, “O nome da Rosa” de Umberto Eco, “O Diário de Anne Frank” de Anne Frank, “A insustentável leveza do ser” de Milan Jundera.

São várias as coleções que estimo e autores como Fernando Pessoa, Aquilino Ribeiro, Alberto Moravia, Miguel Esteves Cardoso, Vergílio Ferreira são obrigatórios na «minha» biblioteca.



Este ano Quem alinha? Desporto com valores” (edição da Afrontamento em parceria com o PNED/IPDJ) é o livro que vos recomendo. Ilustrado por Dina Sachse e textos de António Mota, José Jorge Letria, José Fanha, Sandra Torres entre outros. O Ronaldo da natação ou a Bola adormecida são dois dos textos que se encontram neste livro e que são deliciosos.
Um livro de contos sobre a importância dos valores no desporto, como a cooperação, amizade, respeito, verdade, perseverança, entre outros. Não podia ser melhor para a época que vivemos.Boas leituras

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz


Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz celebra-se a 6 de abril
A Assembleia-Geral da ONU festeja o Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz todos os anos. A data foi instituída pela ONU em agosto de 2013. Foi escolhido o dia 6 de abril já que foi neste dia se iniciou a primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, em Atenas, em 1896. Em 2014 celebrou-se pela primeira vez o Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz. Este dia é um complemento ao Dia Olímpico.

Depois da Segunda Guerra mundial, os países europeus chegaram à conclusão de que, no seu próprio interesse, era necessário evitar futuros conflitos e preservar a paz, através de uma ação comum. Esta evolução no sentido de cooperação esteve na origem da primeira Comunidade Europeia, em 1952, e da criação de uma televisão – União Europeia de Radiofusão. Paralelamente a estes primeiros passos no sentido da integração europeia a nível político, surgiram as primeiras competições desportivas europeias. O desporto foi entendido como uma ferramenta basilar na construção de uma nova Europa. A UEFA foi fundada em 1954, e com ela as primeiras competições entre clubes europeus. Em 1955 o jornal francês L´Équipe sugere um Campeonato Europeu.

Existe uma frase marcante de Nélson Mandela que sintetiza na perfeição o âmbito desta data: “o desporto pode criar esperança onde antes havia desespero; é mais poderoso que o governo em quebrar barreiras sociais; o desporto tem o poder de mudar o mundo”. Koffi Anan, ex – Secretário-geral da ONU reforçou essa importância escrevendo que “O desporto é uma linguagem universal que pode aproximar povos quaisquer que sejam as suas origens, passado, crenças religiosas ou condições económicas.” 

O preâmbulo do regulamento da Organização Internacional para a Paz pelo Desporto – A Paz e Desporto – fundada em 2007 pelo campeão mundial do Pentatlo Moderno, o francês Joel Bouzou, o conceito da paz sustentável implica não só a ausência de guerra, mas também a criação de uma estrutura social imbuída de valores que contribuam para a manutenção da paz- trabalho em equipa, fair play, disciplina, confiança mútua, diálogo, fraternidade. 

Ainda em 2011, no estudo “Desporto, poder e relações internacionais” o académico brasileiro Wanderley de Vasconcelos parte da premissa de que “o desporto favorece e fortalece os vínculos de aproximação dos povos e a comunhão de afinidades, que conduzem à conquista de simpatias, passando estas para as instâncias governamentais ou, melhor, dos estados”.  
Não existem dúvidas que o desporto é um “produto e um processo gerador de educação, de cultura, de lazer e de economia, no quadro da organização social dos países”. A relação entre Desporto e Paz é amplamente reconhecida. 
Infelizmente, e citando Manuel Sérgio: “o desporto sofre hoje uma ameaça terrível, que se dirige à sua própria essência. E essa ameaça vem não só da «sociedade do espetáculo», que é a nossa e que origina a «civilização do homem sentado», mas também dos poderes que o submetem ao lucro selvagem e globalizado, ou então o toleram vigiado, instrumentalizado.”  Triste sinal o deste desporto que aplaude a mediocridade, em nome da eficácia, que sacrifica os valores mais puros nos altares do êxito.
O desporto – não a clubite, com a cultura são os instrumentos de todos aqueles que lutam por um mundo novo: com paz e desenvolvido. Parte integrante do nosso património cultural, o desporto foi sempre um meio privilegiado para estabelecer laços entre os povos, para além das barreiras linguísticas e dos estereótipos nacionais. Num Mundo em mutação, o desporto constitui um admirável fator de integração, capaz de abolir inúmeras barreiras. Este facto justifica amplamente o importante lugar que o desporto ocupa.
Nos dias de hoje o desporto tem, provavelmente, o seu maior desafio. O desporto tem em si um conjunto de qualidades e valores que nos vão ajudar na ressocialização e a vencer este “inimigo”.


Os pais também jogam

ÉTICA NO DESPORTO Os pais também jogam   Cfcs Carregal Do Sal #EducaroSonho #eticadesportiva PNED #eticanodesporto #ospaistambemjo...