terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Apresentação do livro "Educar o sonho" 2018

Dia 26 de fevereiro, celebro um momento especial: há seis anos, fazia a apresentação pública do meu livro "Educar o Sonho: Ética e Envolvimento Parental na Prática Desportiva".
Foi um momento que transcendeu as páginas impressas, uma ocasião inesquecível partilhada com família e amigos.
Desde 2011, quando realizei minha primeira apresentação sobre a Influência da família no contexto desportivo, até 2018, marcado pela consolidação desse trabalho e pelo início de uma nova fase.
Nada disso teria sido possível sem o apoio e a colaboração da Alda Batista, do Paulo Matos, do Manuel Martins e dos que participam no livro e/ou estiveram nesta sessão.
Por isso, neste dia especial, expresso minha gratidão 🙏 a todos que contribuíram para tornar realidade o sonho de educar através das palavras, inspirando mudanças e reflexões no âmbito desportivo e além dele.
Obrigado a todos que fizeram e fazem parte desta história. 🙏💪




sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Ética no Desporto : MOVE-TE POR VALORES

 Estive na Escola Dr. Azeredo Perdigão do Agrupamento de Escolas Viseu Norte a dinamizar duas ações, com turmas do 9.º ano ciclos, no âmbito da semana MOVE-TE POR VALORES.

O desporto é neutral, depende de cada um dos agentes envolvidos orientar o desporto como ferramenta de desenvolvimento da ética e dos valores. O desporto como ferramenta para as boas práticas é fantástico.
Os valores nunca estão em contramão! Move-te por valores!

Os casos de violência no futebol de formação

"TUDO O QUE SÃO INSULTOS, VIOLÊNCIA VERBAL, A PSP E A GNR ESTÃO MAIS ALERTA E SENSÍVEIS E TÊM EVOLUÍDO BASTANTE NESSE ASPETO, PORQUE JÁ NÃO ACEITAM DETERMINADOS COMPORTAMENTOS, NÃO SÃO FACILITADORES COMO ACONTECIA ANTIGAMENTE"

                                         Vitor Santos


Reportagem completa em Os casos de violência no futebol de formação:

Exposição: MOVE-TE POR VALORES

Estive presente na Escola Básica DR. Azeredo Perdigão, em Viseu, para a inauguração da exposição "Move-te por Valores", organizada pelo Plano Nacional de Ética no Desporto e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, em parceria com o Programa Escola Embaixadora do Parlamento Europeu, no âmbito Viseu Cidade Europeia do Desporto 2024 .
A exposição, enriquecida pelo testemunho do árbitro Hugo Marques da Associação de Futebol de Viseu, percorrerá também as restantes escolas básicas do segundo e terceiro ciclo, secundárias do concelho de Viseu e na Escola Superior de Educação de Viseu .
A mostra, que fará depois um périplo pelas restantes escolas do concelho, começou com 27 painéis que visam divulgar e promover a ética no desporto e a cidadania. A exposição inclui testemunhos e histórias vivenciadas por personalidades nacionais e internacionais ligadas ao desporto e à cidadania e também aborda temas que visam sensibilizar para a importância dos valores da ética, do fair play, do respeito, da tolerância, da entreajuda, da disciplina e da compreensão nos recintos desportivos, nas escolas e nas associações juvenis.
Parabéns Hugo. Um grande abraço do teu ex-treinador e amigo. 👏👏









 

“ÉTICA NA PRÁTICA DESPORTIVA”

 ...na qualidade de Embaixador do PNED , dinamizei uma ação no CFV - Clube de Futebol os Viriatos, com pais/mães e encarregados de educação, dirigentes, treinadores e atletas do clube.

Um clube que conheço desde a sua fundação e os propósitos como foi e para o que foi criado. Hoje mais eclético, continua a ser muito importante na comunidade onde está sediado.
Em épocas anteriores fomos adversários e esta ação foi uma boa ocasião para conversar e relembrar esses jogos.
Esta foi a primeira vez que o fiz presencialmente no clube. As edições anteriores tinha sido online. Nas pessoas do Presidente da Clube, Marco Dias e do Mister Vitor Lage o meu muito obrigado, pela excelente receção e votos que continuem a trilhar o vosso caminho com sucesso.
Os valores nunca estão em contramão! Move-te por valores!










terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Jogar é fantástico


 Se o atleta, o treinador, o pai e todos os adeptos falam em jogar, em participar no jogo, porque o transformam logo na palavra ganhar?! Jogar é fantástico. Ganhar é uma consequência do desenrolar do jogo.

Jurgen Klopp elogiou recentemente Portugal pela sua formação. Pelo número de atletas de alto rendimento que estão nas melhores equipas do mundo. No entanto, são um número residual para aqueles que começam na base. E é na base que devemos trabalhar melhor. Não estamos a formar jogadores aos 8, 10 ou 12 anos! O desenvolvimento integral da criança é um dos assuntos mais importantes quando o tema é desporto. Ou seja, abrange a condição física, o potencial técnico, a capacidade ou competência mental e intelectual, entre outras dimensões que integram o crescimento humano.

Por isso, porque o interesse superior da criança deve vir sempre em primeiro lugar, há que mudar atitudes e comportamentos. A nível familiar, a preocupação com o sucesso dos filhos inicia-se cada vez mais cedo, sendo responsável pela criação de expetativas e pressões que deixam pouco espaço para a brincadeira. A cultura parental é de intromissão e busca do sucesso imediato. O resultado é sempre mais importante que o processo. Pois deve ser precisamente o inverso!

A nível dos clubes, as suas estruturas e os seus responsáveis devem instituir um espírito desportivo. No jogo, a vitória e a derrota estão sempre presentes. Mas é importante que sejam relegadas para um plano secundário de modo a promover o prazer de jogar, a saúde, o divertimento e a amizade.

Nós estamos, no mínimo, a formar adeptos. Melhores adeptos. No processo de formação, é indiferente se alguns vão ser jogadores, treinadores, jornalistas, médicos, motoristas, etc. Serão sempre melhores adeptos e profissionais com formação desportiva integral. Esta é a única certeza e é o princípio que nos deve guiar.

“A ELITE DA ELITE: jogadores que têm contrato de profissionais entre os 16 e 20 anos, 67% deles NÃO JOGAM FUTEBOL aos 21 anos”, Arséne Wenger (Chefe global de desenvolvimento de futebol da FIFA, janeiro de 2024)

Não podemos aceitar que os pais retirem os filhos do campo por estes não estarem a jogar a titular (o que quer que isto queira dizer), que agridam treinadores, que falem do que não sabem porque pensam que sabem (os pais resultadistas), que usem e provoquem violência verbal (ou outra) no seu meio. Comportamentos como gritar e utilizar palavrões com árbitros, insultar treinadores e atletas, pressionar os filhos criam um ambiente hostil e conflituoso que influencia o desempenho desportivo e acaba por resultar no abandono da prática da modalidade.

Que filho gosta de ver o pai ou a mãe a fazer figuras tristes? De ser motivo de chacota pelo seu comportamento? É embaraçoso para o filho, que além da vergonha própria ainda se sujeita a ser alvo de troça, nos balneários, pelo comportamento abusivo do seu progenitor.

A proteção dos filhos é um dever dos pais. No desporto como em qualquer outra atividade ou situação da vida. Quando permitimos que os nossos filhos se dediquem a uma atividade tóxica em que a violência, no mínimo verbal, é aceite com normalidade, estamos a contaminar todo o ambiente em que vivem.

A prevenção tem de ser sempre a nossa prioridade. No entanto, a punibilidade torna-se uma ferramenta necessária e urgente na intervenção. A Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD) tem trabalho feito, que deve ser ainda mais divulgado. O Secretário de Estado da Juventude e Desporto admitiu, recentemente, que pondera pôr a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) a atuar! Os nossos comportamentos têm de ter consequências.

Os clubes têm uma tarefa complicada pela frente pois dependem muito dos pais e sujeitam-se a perder muito por causa deles. Também têm de sensibilizar os seus próprios responsáveis para esta matéria, especialmente os treinadores. É importante instituírem regras e compromissos desde o início e não permitirem desvios comportamentais. Para os pais, porque não criarem “Cartas de Compromisso” que todos os pais têm de assinar antes da inscrição do filho? Ou organizarem sessões de esclarecimento? Ou estabelecerem um sistema de cartões (branco, amarelo e vermelho) para os pais, recompensando ou penalizando os seus comportamentos – e atribuírem prémios no final da época? Em caso de reincidência persistente no abuso comportamental, o clube deve considerar a medida de último recurso de recusar o atleta.

De uma vez por todas, temos de nos convencer de que nenhuma criança de 8 ou 10 anos, nenhum jovem de 14 ou 16 é um futebolista profissional! Pode ser um potencial futebolista. Mas até à última etapa, que é quase sempre a transição do futebol jovem para o sénior, tudo pode acontecer.

 Clubes, Pais & Filhos Juntos, É O MELHOR.



Os pais também jogam

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