terça-feira, 8 de agosto de 2023

Rui Caçador: da Escola Comercial e Industrial a selecionador nacional

Exemplo de atleta e ator cívico. 

RUI Manuel dos Santos CAÇADOR, nasceu em Viseu, em 1953 e foi, justamente, nestas terras de Viriato que se começou a destacar com a conquista do Campeonato Nacional de Andebol Escolar (1969/1970), em representação da Escola Industrial e Comercial de Viseu (hoje Escola Secundária Emídio Navarro).

A posição de guarda-redes em que se destacou, cumpriu sempre os desígnios desportivos do Rui: quer no andebol, quer no futebol, o seu empenho e entrega alinhavam-se plenamente com a sua inteligência.

Como atleta foi, então, guarda-redes da equipa campeã Nacional Andebol Escolar EICV, e no futebol foi guarda-redes do Sport Viseu e Benfica (Juvenis), do Sport Lisboa e Benfica (Campeão Nacional de Juniores em 1971/72), do Académico de Viseu (de 1972 a 1974), do Sport Viseu e Benfica (1974 a 1981) e Instituto Nacional de Educação Física (tricampeão Nacional Universitário).

Licenciado em Educação Física, integrou durante muitos anos o Departamento Técnico da Federação Portuguesa de Futebol.

Apaixonado pelo desporto, o Rui integrou uma das equipas do Sport Viseu e Benfica que, um pouco contra o que era comum, não deixou os estudos e migrou para Lisboa, a fim de frequentar o Ensino Universitário. Lembramos dessa equipa, João Monteiro, José Amaro, Carlos Jorge, Cartagena, Ferrão, Diogo, Vitó e o Rui são alguns dos atletas que na época se licenciaram. Uma geração que viveu a transição da ditadura para a democracia como estudantes universitários e que os vai marcar em termos sociais e políticos.

Rui Caçador, iniciou a sua carreira no Viseu e Benfica, que sempre foi o clube do seu coração onde foi campeão distrital de juvenis. Nesta época o jornalista Carlos Costa interrogava-se mesmo, porque não era o Rui chamado à seleção nacional portuguesa, uma vez que já era diferenciado.  Nestes tempos Lisboa ficava a muitas horas de Viseu e estes “miúdos” de 15 anos, praticavam várias modalidades: futebol, andebol, voleibol, atletismo, etc.  Algo impensável nos dias de hoje.

Quando foi entrevistado sobre o desporto que mais gostava de praticar, o Keeper viseense confessou: “tenho uma certa predileção pelo futebol, mas vibro mais no decorrer de um jogo de andebol, talvez por ser um desporto que tem necessariamente, como condição primordial, ser disputado num ritmo de maior velocidade”. De certeza que o facto de ser guarda-redes de andebol e jogador de voleibol, contribuiu para que tivesse sido um dos melhores guarda-redes de futebol de então.

Nesta altura frequentava o 3.º ano do Curso Geral do Comércio e quanto ao seu futuro, na altura com 15 anos, mais uma vez se evidenciava a sua sinceridade e modéstia: “os meus projetos desportivos são vagos, quase nulos. Se aparecer alguma oportunidade que me permita não seguir a vida de futebolista profissional, mas sim continuar os meus estudos, aproveitá-la-ei da melhor maneira.”

A verdade é que o Rui acaba por ser contratado pelo Sport Lisboa e Benfica e chega mesmo, como treinador, a selecionador nacional dos sub21. O jovem Rui, que já demonstrava tanta maturidade para a idade, vai percorrer então um trajeto no futebol que, principalmente, enquanto treinador é invejável e lamentavelmente pouco reconhecido.

Rui Caçador, ao serviço do Maxaquene, venceu em 1985 e em 1986 o ‘Moçambola’ (Liga moçambicana de futebol), tornando-se o primeiro técnico luso a conseguir o feito.

Como treinador integrou a equipa técnica de Carlos Queirós, entre 1989 e 1992, período durante o qual se destaca o título de Vice-Campeão da Europa de Sub-18, na Hungria (1990), e a conquista do Campeonato do Mundo de Sub-20, em Portugal (1991). Foi, ainda, adjunto de Filipe Scolari e selecionador moçambicano – Campeonato Africano das Nações de 1996.

Rui Caçador, interessou-se também pela política, tendo sido candidato pelo Partido Socialista à Câmara Municipal de Oeiras e antes do 25 de Abril pertenceu ao MDP/CDE, o que lhe custou a chamada à tropa e isso mudou toda a sua vida: “Soube mais tarde que o meu pai, tipógrafo alentejano a viver em Viseu, onde nasci, era do Partido Comunista na mais pura e dura clandestinidade. Em Viseu não seria fácil ser do PCP.” Ter uma posição partidária, consta-se que o facto de ser de esquerda o prejudicou em termos desportivos.

Em 2002 deu nome a uma Escola de futebol em São Pedro do Sul. A Footlafões – associação académica é pioneira no distrito das escolas de futebol.

Hoje, por motivos graves de saúde, teve de se afastar da atividade e da carreira desportiva, para desgosto seu. Mas Viseu, não pode obliterar um dos seus melhores, e reter um exemplo único de atleta e ator cívico. 











sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Largo do Arvoredo : O futebol era a brincadeira preferida.

Porque as memórias são também uma invenção

(Décadas de 70 e 80 do Século XX, no Centro Histórico de Viseu)


O Largo do Arvoredo (ou Largo das Escadinhas da Sé) em Viseu foi durante algumas décadas um dos maiores espaços de recreio de muitas crianças. Um autêntico multiusos, tal era a panóplia de brincadeiras que ali se realizavam. Falamos das décadas de 70 e 80 do século XX.

Há lugares que ficam bem guardados na memória. Na história da gente e das cidades.

Até princípios do século passado, a história deste largo conta-se por ser a Cavalariça dos Casimiros, família ilustre de Viseu que tem na Mirita Casimiro a sua maior exposição. A entrada e saída dos cavalos para a cavalariça era feita por um estreito existente na Rua Silva Gaio.

Maria Zulmira Casimiro de Almeida nasceu em 1914 neste espaço. O seu pai era o famoso cavaleiro tauromáquico José Casimiro. Os seus irmãos Manuel e José eram praticantes da mesma arte. Apesar de ter ficado para a posteridade como a "Maria Papoila", a Mirita Casimiro foi muito maior nos palcos.

A evolução da cidade e o encerramento das cavalariças no Centro Histórico da Cidade proporcionaram a criação de espaços de excelência para as brincadeiras das crianças.

O Largo do Arvoredo, com a sua zona envolvente, era um desses espaços. Um dado curioso é que neste lugar só habitavam duas famílias. A do Sr. João Nascimento e a minha. Mas quem por ali passava e parava a desfrutar da alegria que aquele pátio irradiava, com tantas crianças e jovens, nem se dava conta desse pormenor.

A verdade é que só naquele "enorme" espaço jogava-se badmínton e voleibol com uma corda no meio a fazer de rede! Basquetebol com um improvisado desenho na parede a fazer de cesto! Futebol com 4 calhaus a fazerem de baliza (quando não se ousava mesmo construir balizas de madeira que eram retiradas pelos vizinhos – vá se lá entender porquê!). Outras atividades eram ali realizadas como o piço, a cabra-cega, ao prego, a mosca, as fisgas, corridas ou jogos com caricas.

Como era possível? A verdade é que das dificuldades se fazia magia com a imaginação sempre muito desenvolvida.

Casino

Claro que nem tudo era perfeito. Os mais velhos, quando chegavam ou desciam do "casino", onde jogavam à lerpa para desgraça do Carlos Pinho (Camon) e do Tito, tinham de nos estragar as brincadeiras e os jogos. O Zé Carlos Araújo, o Patrício, o Fino, o Eduardo e o Jorge Viegas eram os mais irritantes neste tipo de ações. Ai se não fossem tão grandes… não nos tiravam a bola nem a faziam chegar ao céu. Não a atiravam para cima do cedro. Nós que os protegíamos da clandestinidade dos jogos de cartas! Eram uns ingratos. Não dava para jogar quando eles invadiam o nosso espaço que já não era deles.


Adelino, Paulo Pacheco, Carlos Marques, João Pedro, Armando, Zé Carlos Pacheco e Vítor.

Eram, no entanto, os jogos de futebol que faziam parar tudo e todos. Houve mesmo aqueles em que entrávamos alinhados e com um cheiro a bálsamo que tresandava. Eram os célebres Rua de Cima contra a Rua de Baixo.

Nós jogávamos com o João Pedro, o Rui Andrade, o Carlos Marques (contratado à rua de baixo), o Tó Andrade, o Carlos República, o Tito, o Carlos Alemão, o Tiago Nascimento, o Tó Lourenço e eu. Nos adversários, o Fernando Sá Neves, o Armando Matos, o Adelino Figueiredo, o Paulo Caessa, o Eduardo Figueiredo, os manos Zé Carlos e Paulo Pacheco e o Né Valinho. Outros aqui faltam como o Manelito, o Hugo, o Joca, o Vareta, os "Fresquinhos"… mas éramos tantos. O Jorge Vítor Araújo é que não queria nada com a bola. Para sorte nossa.

O Nuno Lobo, o Cátó, o Bruno, o Nuno Almeida eram mais novos e assistiam esperando pelo dia em que se poderiam "equipar".

gerações

O João Nascimento ainda tentou arbitrar alguns jogos e colocar um pouco de ordem nestes jogos de campeões. Mas a adrenalina era muita e a rivalidade não permitia que um árbitro se intrometesse no jogo. Os vizinhos a passar no meio do campo em pleno jogo é que não era correto. Nós parávamos o jogo para deixar passar, mas nem sempre dava tempo e os acidentes aconteciam.

Lá se finava o jogo. Mas aquelas pessoas não percebiam que estava ali a acontecer um clássico de campeões? Que o mundo tinha parado e só o que se passava ali naquele espaço enorme tinha vida?!

E a polícia aparecia por vezes. Ou era chamada ou era na ronda feita a pé. Ouvia-se: políciaaaaaa e era cada um a correr para seu lado o mais rápido possível. Todos? Não. O Jorge Vareta ficava sempre e era agarrado pelo polícia. Bloqueava. Muitas vezes nem chegava a ir ao posto.

O futebol era a brincadeira preferida. E a tática nem era muito difícil: os sem-jeito iam à baliza, os altos na defesa, os que corriam mais no meio e na frente os habilidosos. Não precisávamos de treinadores.

O pior era quando não tínhamos bola. Os tempos eram outros e as dificuldades eram muitas. A tristeza, nesses momentos, era grande. Em contraponto com a excitação quando algum aparecia com uma bola nova. Tão pouco e tão felizes!

1997
Enquanto esperávamos por elementos suficientes para jogar, fazíamos competições de toques com os pés e joelhos, uma improvisada chicana com condução de bola entre pedras ou mesmo um "tiro ao alvo" com a bola num qualquer objeto. A bola não tinha descanso.

Mas já vos disse que o chão era feito de pedras de granito?! Que inúmeras vezes foram pintadas com o sangue dos joelhos esfolados ou mesmo de uma cabeça partida?! Só a minha, foram duas vezes! Mas tudo isto era tão mágico… as brincadeiras com estes amigos, os postes de baliza que eram simples pedras e só ir para casa na hora de comer e com a roupa suja ou mesmo rasgada.

Quando os jogos não eram "oficiais", a escolha das equipas era feita um-a-um. Quem ficava para último não se sentia discriminado. Era a lei da rua. Eu escolhia sempre, em primeiro, o meu primo Rui e vice-versa. Não é por acaso que a dupla João Pinto-Jardel funcionava. Naquele tempo já nós percebíamos a importância do conhecimento mútuo que devia haver entre os atletas! Também não era mau ter o Carlos Marques na nossa equipa. Ele era já defesa central.

2006

O Largo do Arvoredo fica no meio de duas escadarias de granito. Verdade. O perigo estava ali bem presente e estas crianças não eram tontinhas nem os pais estúpidos. Todos sabiam os limites e nunca aconteceu algum acidente naquelas escadarias.

No entanto existia um, ou melhor dois, obstáculos que causavam muitos problemas aos adultos. Nós não tínhamos a noção do quanto éramos perigosos. O maior é que a casa da família Nascimento era num rés-do-chão e as janelas ficavam mesmo atrás de uma das balizas. Obviamente era uma localização infeliz para as janelas, pois a baliza, essa, estava no local perfeito. Uma das vezes foi mesmo muito complicado, pois um pé torto rematou a bola de borracha na direção da janela (que estava aberta) e entrou literalmente pelo jantar adentro. O objetivo do jogo era acertar entre as duas pedras que faziam de baliza e não ao lado. Mas nem todos tinham essa técnica apurada. Foi involuntário e o acidente não teve emenda.

Vidros partidos eram uma consequência no futebol e de outras brincadeiras tidas em outros lugares em que o património, que não tinha culpa, sofreu alguns atentados.

Do lado da baliza contrária ficava o "quintal" da D. Celinha. E bola que caía no quintal, já era. Por vezes, um mais destemido e qual velocista ainda tinha tempo de lá entrar e sacar a bola. Mas nem sempre dava tempo de o fazer. Era um desespero. Uma bola custava dinheiro ou muitas rifas e cada uma que nos era retirada causava uma choradeira que parecia o fim do mundo.

A Câmara Municipal não percebia a importância daquelas competições. Quando a noite caía, a falta de iluminação obrigava-nos a sair do largo e ir para outros locais circundantes onde houvesse um candeeiro. Os políticos sempre foram insensíveis a estas disputas da Rua de Cima contra a Rua de Baixo. Ou contra a Rua do Soar de Cima. Até devíamos ser patrocinados, tal era o espetáculo aguerrido que estes destemidos viseenses proporcionavam a uma vasta plateia que nós imaginávamos ali presente.

Mas o nosso largo era muito mais do que um espaço onde se jogava à bola. Na escadaria superior, as caricas eram donas e senhoras. Passavam-se horas a dar ao dedo na carica e a atravessar degrau a degrau. O dedo médio ficava maltratado de tanto raspar no granito. Mas desistir por causa disso não era para nós.

Jogar à carica não era só dar ao dedo. Longe disso. Havia preparação, técnica e regras. A carica quanto mais lisa estivesse, melhor deslizava. A inclinação de cada degrau era diferente e obrigava a um conhecimento do terreno e à adaptação da respetiva técnica. Cada jogador tinha três jogadas de cada vez e ganhava quem desse a volta primeiro.

O piço. Era dos jogos que mais nos entretinha. Não eram precisos outros objetos. Só as pedras. E essas tínhamos nós com fartura. Aqui só a técnica não chegava. Era preciso alguma força, pois os piços (pedras altas) estavam a uma distância considerável e eram de algum porte. As mãos sofriam muito porque o granito esfola as mãos. Sabiam? Muitos anos a jogar ao piço!

A mosca. Era das brincadeiras em que a adrenalina estava ao rubro. Não era fácil saltar e, pior, suportar o peso dos amigos nas costas. Aquela contagem até 10 era um suplício… mas quando se conseguia a sensação era indescritível.

Muitas das nossas brincadeiras eram sazonais. Os grandes acontecimentos desportivos da época também marcavam a moda. Se estava a decorrer a Volta a Portugal em bicicleta, nós fazíamos corridas de bicicletas. Se estava a decorrer o campeonato da Europa ou do mundo de Hóquei em Patins, nós jogávamos hóquei sem patins! Ah, pois era. E no stick pregávamos umas chapas para que não se partisse com tanta facilidade. Este desporto era praticado no tabuleiro das três bicas. A arte e o engenho sempre presentes. E assim por diante, no que diz respeito a acontecimentos que marcavam a nossa agenda.

2008

Muitas outras atividades decorriam no largo do arvoredo ou nas ruas à sua volta. As seitas eram jogadas à noite. Havia duas equipas. Uma escondia‑se nos sítios mais imaginativos que possam calcular e a outra equipa tinha de a descobrir. Aconteceu o jogo acabar e irmos para casa e ficar alguém escondido à espera de ser encontrado. Também abusavam na escolha do esconderijo!

O piu-das-linhas era jogado no Adro da Sé. Um jogo que só ali podia ser realizado. Era misto, um dos poucos em que as meninas também participavam. As noites primaveris eram repletas de risada e camaradagem. Jogar à bola aqui também acontecia, mas o Padre Mercier chamava sempre a polícia e os jogos nunca chegavam a terminar.

Nos dias de inverno em que caía um nevão, não havia escola, e era ver o Mogas a deslizar pela calçada numa caixa de fruta de madeira. Nós só assistíamos e brincávamos às tradicionais bolas de neve. Nada comparável às maluquices do Mogas e do Tito. Este chegou a trepar a Fonte das Três Bicas para aí pendurar a bandeira do Académico quando o nosso clube subiu à 1.ª divisão. Bandeira essa que ali se manteve durante anos.

Já o Jorge Vítor Araújo, que tinha dois pés esquerdos para o futebol, para as trotinetes era um ás. As corridas destas máquinas eram feitas no passeio da Av. António José de Almeida.

A Páscoa e o Natal eram épocas de férias. Dias que aproveitávamos para brincar muito, quer fosse no Largo do Arvoredo, no Magistério ou noutra zona circundante. No Natal também era altura de dar uma ajuda ao Sr. João Nascimento e todos os dias, sem exceção, lá íamos à estação de comboios buscar mercadoria para o Armazém das Coisas (mais tarde Loja da Boneca). O dia de Páscoa era agridoce. Por um lado, estreávamos roupa e calçado. Por outro, a maioria dos amigos tinham ido para as aldeias da família e os que restávamos não tínhamos brincadeiras nem podíamos sujar a roupa e os sapatos novos.

A Feira de São Mateus também era uma inspiração. Raro era o ano em que não fazíamos no pátio do Carlos Lourenço uma "barraca" de tiro ao alvo com as pistolas de setas ou com as espingardas feitas com os paus do algodão doce. Existia sempre o sítio perfeito para a brincadeira que se pretendia. Era impressionante.

A apanha das nozes na escola do Magistério, apesar de proibida, era uma fonte de receita. Assim como a cascata dos Santos Populares: “um tostão, um tostãozinho: prá cascata “e as pessoas doavam uma moeda. O Largo do Arvoredo era um lugar de culto nestas semanas dos Santos Populares.

Nas noites mais quentes, quando os mais velhos estavam bem‑dispostos, algumas vezes juntávamo‑nos a eles para ouvir as histórias dos seus dias, acompanhadas pela música de fundo que tocava do rádio de um carro fúnebre. Para os mais novos era um momento de adultos! Nem sempre nos davam autorização para estarmos com eles.

Os nossos pais não tinham de ter tempo para brincar connosco. Nem precisavam de se emprenhar muito para nos fazerem crianças felizes. Tinham é de nos cortar o tempo que passávamos a conviver e a brincar. É que nós não nos cansávamos. Não nos chamassem e nem comíamos ou dormíamos!

Tudo acontecia naturalmente. A infância era divertida porque éramos livres para brincar e desfrutar de cada dia da melhor forma.

2009
O Largo do Arvoredo continua no mesmo sítio, em Viseu! Hoje ocupado por uma esplanada, não deixa nunca de ser o Largo do Arvoredo. Muito mais que um lugar que já não mais existe, é um guardião de sentimentos e emoções na história de todos nós que ali fomos criados.



Vitor Santos


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