sábado, 23 de maio de 2020

Treinadores:formação diferenciada

Treinador

Nos últimos anos tem-se verificado um aumento das ofertas formativas e bibliográficas sobre a atividade de treinador. A internet veio dar uma ajuda e hoje a informação está disponível para todos. Mas nem sempre foi assim!
E antes de mais é preciso afirmar que o treinador é um professor/formador dos jovens praticantes. No desempenho desta função o treinador deve recorrer a uma intervenção positiva, por oposição a uma via negativa de influenciar o comportamento do atleta. Os comportamentos fazem toda a diferença. Esses não estão na internet.
Para ser um bom treinador é preciso receber informação sobre todos os aspetos relacionados com as suas funções. No Sport Viseu e Benfica – épocas 2008/2009 e 2009/10, os treinadores já eram parte integrante de um Corpo Técnico e não de um «somatório» de treinadores. Fazia toda a diferença. A política da formação do clube assentava muita na qualidade dos seus treinadores e para isso realizava formações internas, promovia debates entre todos – do técnico dos seniores ao da pré-competição, reforçava os laços de empatia e a partilha de conhecimentos. Era um crescer diário. Uma exigência.
Periodicamente um dos técnicos fazia uma apresentação sobre um tema selecionado e disponibilizava-se a partilhar toda a informação, documentação, conhecimentos. Os «fantasmas», tão ao gosto dos treinadores, ali dentro não entravam. Todos eram treinadores – independente dos escalões etários que treinassem, eram essenciais para o sucesso coletivo, eram estimulados a observar os outros escalões numa perspetiva de colaboração sistemática entre todos. Não havia quintas. Havia liderança.
Mas não só de aspetos técnicos se faziam as agendas destes encontros. As atitudes, os comportamentos nos treinos e nos jogos, as relações treinador-atleta, treinador-pais eram sujeitos a críticas construtivas e a correções. Todos se sentiam protegidos por trabalharem em equipa e haver quem estivesse sempre atento e disponível para fazer a defesa do grupo, quer fosse a nível interno ou externo ao clube. Os objetivos eram os mesmos para todos: ser melhor treinador para melhor servir o clube.
E isto faz toda a diferença.
Venceu-se?!
– Sim. Esses jovens – hoje homens, são os melhores testemunhos disso mesmo.
Os clubes deviam perceber que a formação dos seus técnicos não pode cingir-se a cursos e colóquios generalistas. Têm de promover todo o tipo de manifestações que «obriguem» a uma melhoria constante. A uma identificação com o clube. Tudo leva o seu tempo – mas é assim que se constroem as instituições.
Estes, não sentem necessidade de criarem esses laços com os treinadores e assim abdicam de investir na formação contínua a nível interno. O perfil do treinador também deixou de ser importante em contraponto ao custo.
Os jovens atletas precisam que os treinadores evoluam – tenham um rumo comum, em conjunto. Que não tenham agenda própria. Será isso possível nos dias de hoje?!
O papel do treinador não é totalmente consensual. Ou seja, existem opiniões diferentes sobre a quantidade e que tipos de tarefas lhe cabem. O que parece unânime é que ser treinador não é fácil. Mas se estiverem integrados num Corpo Técnico que funcione, que seja organizado e coordenado, que tenha uma filosofia, um objetivo bem definido, tudo será menos difícil e mais apaixonante.
Quem chega de novo sente que tem pouco tempo para provar que vai criar mais valor – puro engano deles. Sabem que a construção de uma equipa e identidade coletiva demoram tempo e por isso busca-se o «sucesso» mais rápido que é, ao mesmo tempo, o mais extemporâneo. A pressa leva a que se construa uma carreira a «solo» – são os clubes que têm de se adaptar ao treinador. Não há paciência para aprender com a prática, com a experiência.
O treinador está numa aprendizagem constante e deve saber escutar – que é bem mais importante que ver, e delas selecionar o que interessa.
Aprende-se com todos com quem se trabalha diretamente.

#educarosonho 

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Prémio de Imprensa “Desporto com Ética/2019”

Prémio “Desporto com Ética/2019” - Imprensa Regional
É com enorme satisfação que partilho convosco a notícia de que o conjunto dos meus trabalhos publicados em 2019 venceu o Prémio de Imprensa “Desporto com Ética”, promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, IP (através do PNED - Plano Nacional de Ética no Desporto) e pelo CNID – Clube Nacional de Imprensa Desportiva / Associação dos Jornalistas de Desporto.
Os prémios nunca foram e nem serão o objetivo. No entanto, é gratificante o reconhecimento do trabalho realizado. Quatro anos se passaram sobre o 1.º prémio recebido em 2016, o que não deixa de ser uma prova de que o caminho é este e é consistente. A responsabilidade aumenta. O compromisso está sempre presente.
Entre os trabalhos publicados, realce para os artigos: • Pais e filhos juntos é O Melhor!Faz o que eu digo não o que faço, já era!Não é fácil ser treinadorPara que clube vai o meu filho?!Táticas e modelos comportamentais
A mensagem vai passando e é mesmo esta que é importante, bem como os mensageiros, a quem agradeço, mais uma vez, pela disponibilidade em a transmitir a todo o país e não só. hashtageducarosonho

Prémio de Imprensa “Desporto com Ética/2019”

Imprensa Regional
1º Prémio
Vitor Santos
Conjunto de seis artigos, publicados no Jornal de Centro, Jornal Via Rápida e Jornal Diário de Viseu (exemplo: “Táticas e modelos comportamentais”)
 2º Prémio
Jorge Machado
Conjunto de seis artigos publicados no jornal "Entre Margens" (exemplo: “Qual o papel do árbitro na promoção de valores?”)
 3º Prémio
Fernando Pires
Artigo "Jovem paraplégico faz dois mil quilómetros", publicado no "Jornal Mensageiro de Bragança".

Menções Honrosas
Sérgio Mendes
Artigo "O que distingue a claque de um dos grandes clubes, de uma grande claque", publicado no Jornal Fórum da Covilhã
 Rui Almeida Santos e Vítor Carmo
Artigo “O triunfo incondicional dos bons costumes", publicado na revista "AFA-Magazine"
 João Chambino
 Angélica Santos
Artigo "Braima Dabó acredita no Desporto", publicado em "Maia Primeira Mão".

Imprensa Desportiva e/ou na Imprensa Generalista
 Prémio Especial  (atribuído pelo júri pelo mérito  da totalidade de artigos)
Duarte Gomes
Conjunto de nove artigos,  publicados no jornal “A Bola” e na Tribuna do semanário "Expresso". (exemplos: "Futebol de verdade, só com integridade""A força do silêncio""Carta aberta ao futebol")
 2º Prémio
Cláudia Oliveira
Artigo "Daniel Abrham- ninguém se preocupa com os refugiados" ex.aequocom o texto "Uma história para Cristiano ler",ambos publicados no diário desportivo "O Jogo". 
 3º Prémio
Luís Cristovão 
Artigo "Quando a política está em jogo",  publicado na "Revista E" do semanário "Expresso".
 MENÇÕES HONROSAS
Rui Almeida Santos
Artigo "A honestidade compensa sempre" publicado no  "Jornal de Notícias".
 Ana Ribeiro Rodrigues

Os pais também jogam

ÉTICA NO DESPORTO Os pais também jogam   Cfcs Carregal Do Sal #EducaroSonho #eticadesportiva PNED #eticanodesporto #ospaistambemjo...