terça-feira, 28 de maio de 2019
Táticas e modelos comportamentais!
quarta-feira, 22 de maio de 2019
Ética no desporto e na vida
Os líderes das grandes organizações desportivas, como por exemplo o Comité Olímpico Internacional e a FIFA, foram acusados de atos de corrupção e favorecimentos em troca de benesses. Quando os homens que ocupam os cargos de gestão são suspeitos de corrupção, pode-se ter a certeza que a própria atividade tem falta de moralidade e que os seus agentes não têm uma vivência ética. No entanto reconheça-se que estas pessoas não surgem do nada – fazem parte de um «aparelho» que os conduziu a estes lugares. Quando assim é, torna-se difícil a aplicação da ética no desporto. Mas não se pode desistir de o consagrar.
Na verdade é consabido, que não existe desporto sem ética – será sempre outra coisa, mas não desporto. Assim, deve-se questionar sobre as vantagens efectivas dum desporto praticado e gerido com ética. E estas são relevantes para todos. O desporto que é também uma atividade económica de relevo, só pode obter benefícios com a criação e implementação de mecanismos de transparência nas suas decisões. Os princípios de ética são transversais a todos os agentes do desporto: praticantes, treinadores, árbitros, dirigentes, jornalistas, pais, empresários, espetadores, massagistas/médicos e entidades desportivas.
No desporto os melhores saem mais vezes vencedores. O espetáculo desportivo é melhor e mais atrativo, se houver verdade desportiva e o público manifestar confiança nos resultados. Os patrocinadores aumentam quando acreditam que não há viciação nos resultados, uma vez que, as grandes empresas conhecem as vantagens de se aliarem ao desporto. O adepto vai ao espetáculo se puder ser acompanhado pelos seus e viver o jogo pelo jogo, torcendo obviamente pelo seu atleta, pela sua equipa. A comunicação social vende mais porque a atividade mobiliza mais público e desperta interesse. A TV paga mais pelos direitos, quando o espetáculo é de qualidade. Os políticos são bem-sucedidos ao proporcionarem uma vivência desportiva, em todas as suas vertentes aos seus concidadãos.
A educação para a ética deve iniciar-se no 1.º ciclo escolar e depois no clube com a transmissão de valores éticos. A formação do jovem atleta deve ter sempre em conta a construção da sua personalidade, onde a preocupação com os princípios éticos é fundamental. Escusado será dizer que, o que o jovem aprende do comportamento ético no desporto, deve ser primeiro praticado. Aqui é grande a responsabilidade de treinadores, dirigentes, familiares e público em geral.
É através do seu próprio comportamento que fazem com que o jovem se lembre dele para toda a vida. A relação (treinador/dirigente/adepto com o jovem atleta) pedagógica é uma função ética e deontológica que tem de ser assumida por todos os agentes envolvidos na formação desportiva.
As verdadeiras questões éticas devem assumir uma relevância decisiva no desporto. Os valores que transmitimos na formação desportiva às crianças e jovens são transpostos para a vida.
O tratamento que inúmeros Meios de Comunicação Social (com maiúsculas!) dão ao desporto, fomenta a guerrilha e o ódio, premiando o «chico-espertismo». O que temos vindo assistir chega a ser repugnante. Alterar mentalidades para o exercício de condutas mais éticas leva tempo, e esse trabalho já devia estar a ser realizado, para assim criarmos adeptos mais exigentes e com o mínimo de … bom gosto! A falta de ética no desporto é uma prática que corrói, e vai acabar por destruí-lo no que tem de mais importante para oferecer: competição, amizade e cooperação.
Quando agimos no interesse dos outros, o nosso comportamento em relação a eles é inevitavelmente positivo. O contrário também se aplica.
quinta-feira, 16 de maio de 2019
"Faz o que eu digo, não faças o que eu faço" já era
quarta-feira, 8 de maio de 2019
Carta aberta a todos os jovens que sonham ser profissionais de futebol
terça-feira, 7 de maio de 2019
Mercadoria Humana
O
tráfico de seres humanos é uma das maiores violações dos Direitos Humanos, pois
configura uma forma de escravidão, quer seja sexual ou laboral, que se
aproveita da pobreza de sociedades localizadas na sua maioria em África ou na América
do Sul.
A
comunicação social tem dado, nas últimas semanas, maior visibilidade a casos de
tráfico de seres humanos no futebol. Surpresa para muitos e confirmação para
outros?!
O
sonho de muitos jovens de ser jogador profissional de futebol leva‑os a
acreditar em promessas de empresários que mais não são que exploradores de
sonhos. Os clubes pactuam ao receberem estes atletas por entenderem ser uma
mais-valia desportiva. Conjuga-se assim a ganância do dinheiro com a da vitória
desportiva.
Os jovens atletas são aliciados para jogar na Europa, pagam
milhares de euros a intermediários por promessas de grandes contratos e de um
futuro melhor. Portugal é a porta de entrada. Muitos são abandonados, passam
fome e falta de teto para dormir.
Pensamos que a escravatura é coisa do passado, o que não
corresponde à verdade. Hoje, estes jovens são aliciados para a aventura na
esperança de uma vida melhor, através da prática desportiva, e acabam por ser
escravos dos tempos modernos.
Esta
exploração laboral não pode ser ignorada pelo Estado que tem mecanismos que lhe
permitem atuar a nível criminal e reportar às Instâncias desportivas para que
penalizem todos os intervenientes nestes casos. A sanção desportiva tem de
estar presente e ser dissuasora.
A
falência dos clubes e a sua sede de ganhar contribuem para este “mercado”.
Formar atletas e proporcionar aos jovens locais a prática desportiva não dão tanto
protagonismo como uma vitória, mesmo que efémera e sem sustentabilidade.
Dados
do Observatório do Tráfico de Seres Humanos revelam que, entre 2015 e 2017,
houve 15 vítimas deste “negócio” no futebol. Acredita-se que o número pode aumentar
este ano.
Torna-se
urgente criar uma estratégia que combata os grupos organizados que vendem
ilusões e lucram com os sonhos de tantos jovens futebolistas. O modus operandi é igual ao de outras
situações de exploração laboral: sonegação de documentos e cativação de
rendimentos, que colocam estes jovens em total dependência de terceiros.
O desporto é um veículo de transmissão de valores positivos
para a plena formação do indivíduo e está dotado de projeções benéficas para o
todo social. Por isso, estas situações de escravatura têm de ser erradicadas de
vez com severas punições para quem as pratica.
Os pais também jogam
ÉTICA NO DESPORTO Os pais também jogam Cfcs Carregal Do Sal #EducaroSonho #eticadesportiva PNED #eticanodesporto #ospaistambemjo...
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