terça-feira, 16 de abril de 2024

O meu pai é o MAIOR

...na qualidade de Embaixador do PNED , dinamizei uma ação sobre a Ética no Desporto, no Lusitano Futebol Clube de Vildemoinhos, com pais/mães, encarregados de educação, treinadores, dirigentes, e atletas dos clubes.
Casa cheia para refletirmos sobre os nossos comportamentos num clube histórico e com uma identidade muito forte e diferenciada.
É sempre um privilégio voltar a esta "casa".
O meu muito obrigado, pela excelente receção e votos que continuem a trilhar os vossos caminhos com sucesso.
Os valores nunca estão em contramão! Move-te por valores!




quinta-feira, 11 de abril de 2024

Prémio “Desporto com Ética/2023”

É com enorme satisfação e gratidão que partilho convosco a atribuição do 1.º prémio da XII edição do Prémio de Imprensa "Desporto com Ética 2023", com o texto "Ausência de Valores no desporto de formação", atribuída pelo PNED/IPDJ (Plano Nacional de Ética no Desporto do Instituto Português do Desporto e Juventude) em parceria com o CNID (Clube Nacional de Imprensa Desportiva) / Associação dos Jornalistas de Desporto.

 O reconhecimento, por estas entidades, do meu trabalho dá-me força para continuar quando muitos acham que não vale a pena porque só ganhar, a qualquer custo, é que conta. Os prémios são o testemunho do esforço contínuo que invisto no meu trabalho.

 Resta-me agradecer e continuar nesta missão de promoção da Ética e dos Valores do Deporto com a mesma convicção e maior responsabilidade.

A vocês, aos clubes, escolas, instituições e imprensa regional o meu obrigado pela confiança. 



 Resta-me agradecer e continuar nesta missão de promoção da Ética e dos Valores do Deporto com a mesma convicção e maior responsabilidade.

A vocês, aos clubes, escolas, instituições e imprensa regional o meu obrigado pela confiança.

Ao Paulo Medeiros pelas ilustrações que tanto valorizam os textos. Não posso de deixar de agradecer, em especial, à Alda Batista pela disponibilidade e competência na revisão dos trabalhos. 🙏🙏

 Um agradecimento ao Instituto Politécnico de Viseu, Associação de Futebol de Viseu, Município de Viseu e ao Plano Nacional de Ética no Desporto por serem as minhas “casas de partida e chegada”.

 A cerimónia de entrega dos prémios está agendada para o próximo mês, previsivelmente, na minha cidade.  Também por isto, este reconhecimento veio em um momento muito especial, o que torna esta conquista ainda mais memorável e marcante.

 

#EducaroSonho

PNED

Cnid

IPDJ - Instituto Portugues Do Desporto e Juventude, I. P.

#etica

Vitor Santos

Fair Play e Ética no desporto

“FAIR PLAY E ÉTICA NO DESPORTO”
...na qualidade de Embaixador do PNED , dinamizei uma ação em Nelas com o AbcNelas Coração Do Dão e o SL Nelas , com pais/mães, encarregados de educação, treinadores, dirigentes, e atletas dos clubes.
Esta foi a primeira vez que estive neste auditório. O meu muito obrigado, pela excelente receção e votos que continuem a trilhar os vossos caminhos com sucesso. Unir sinergias enriquece ambos os clubes sem perderem a identidade de cada um.
Os valores nunca estão em contramão! Move-te por valores!


quarta-feira, 10 de abril de 2024

Mister Paulo Sérgio 👏👏👏

Respeito pelo adversário, pela modalidade, pelo desporto...
É de líder.
Paulo Sérgio e a importância do 𝗥𝗘𝗦𝗣𝗘𝗜𝗧𝗢 depois da vitória do Portimonense em Chaves.
Os valores nunca estão em contramão, mesmo na hora dos festejos 👏👏👏👏








sexta-feira, 5 de abril de 2024

Árbitra menor

A árbitra de 14 anos que resiste ao frio e à chuva de insultos



A chuva é tão intensa que praticamente apaga o castelo que habitualmente se vê de forma nítida dali do Campo das Lages. Mas não há problema. Porque esta não é uma história de princesas. E aquelas muralhas são apenas apontamento no cenário de mais um domingo frio e chuvoso em que Lara Santos saiu de casa cedo para vestir calções, t-shirt e uma coragem que a nós nos gela, para arbitrar um jogo de sub-10.

«Não fui feita para jogar futebol»

«Tem de ser uma pessoa muito especial»

Quais castelos, quais quê! Bárbaros só mesmo alguns pais/adeptos como os que na semana anterior tinham tentado saltar a vedação para ir bater no jovem árbitro, enquanto mandavam «mamar» a assistente. Mas essa assistente, a Lara, pelas contas feitas aos 14 anos de vida, já nasceu bem dentro do século XXI. Nem precisa de armadura para se defender de bocas vindas da Idade Média.

«É uma pressão que tem coisas boas e outras negativas. Também temos de saber lidar com as coisas más», desvaloriza em conversa com A BOLA.

«O mais difícil é mesmo o que vem da bancada, mas eu sei que vão sempre insultar, mesmo que façamos o nosso trabalho bem», enaltece, já equipada, minutos antes de sair para o campo para dirigir mais um jogo.

De resto, mais do que uma armadura, talvez o que fizesse falta fosse um impermeável. Ou uma camisola mais quente que fosse. Mas até isso a jovem árbitra relativiza.

«Estes dias de frio e muita chuva são duros em termos psicológicos. É difícil estar ali tanto tempo ao frio e à chuva, e continuar a prestar atenção ao jogo. Há duas semanas, estive duas horas seguidas à chuva, a apitar dois jogos, com a roupa toda molhada no corpo. Nunca senti tanto frio na minha vida. E isso custa, mas é o menos», desvaloriza.

Afinal, apesar de ser pouco habitual ver árbitras tão jovens, foi Lara que quis seguir esse caminho. E não será a chuva e o frio a travarem-na. «Claro que era mais fácil ficar em casa, mas eu gosto disto e quero chegar a árbitra profissional, se possível. Tenho de continuar a aprender e evoluir», receita.

Na verdade, a ideia da arbitragem não surgiu espontaneamente na cabeça da menina de Marvão, concelho de Cantanhede. Foi quase um desafio lançado por amigos do pai que são árbitros e conheciam o gosto de Lara pelo futebol. Sim, sabemos a questão que está a pensar: mas porquê arbitrar e não jogar? Também a fizemos.

«Eu nunca joguei futebol a sério. Gosto, mas jogava na escola e percebi logo que não fui feita para jogar», atira, sorridente. «Não tinha jeito e por isso não me cativava. Então, por que não apitar? É que sem árbitros, o que seria dos jogadores?», acrescenta.

Passaram quase cinco meses desde que subiu pela primeira vez a um campo como árbitra, depois de ter concluído a formação teórica com 13 anos e ter esperado quase um ano para ter a idade mínima para apitar um jogo. Mas as emoções vividas naquela manhã de outubro continuam bem vivas na memória.

«O meu primeiro jogo foi uma coisa que eu não estava mesmo à espera. Foi uma explosão de sentimentos que me veio quando entrei no campo. Senti logo aquela pressão que existe sobre os árbitros e com a qual é difícil de lidar. Mas agora já estou mais habituada», assegura, partilhando algumas das dificuldades sentidas.

«Os primeiros jogos foram muito difíceis para mim. Porque eu nunca sabia o que me esperava. É mesmo difícil estar lá dentro. Por vezes estamos no campo, sabemos o que temos de fazer, conhecemos as regras, mas a pressão parece que nos faz esquecer de tudo. Bloqueamos! Isso aconteceu-me nos primeiros jogos. Agora estou a aprender a lidar melhor com essa pressão», resume a jovem.

Quem também sente as “dores de crescimento” de Lara é o pai, Eric Santos. Mas se a filha se mantém imperturbável na intenção de continuar na arbitragem, o pai… nem tanto. «De certa maneira, sou o responsável, sim. Mas já me arrependi. Logo nos primeiros jogos arrependi-me um bocado de a ter incentivado. Mas é o que ela diz: “pai, agora vou”. Ela agarrou o bichinho e ninguém a vai parar», nota, sem esconder um sorriso orgulhoso que não é abalado nem pelos episódios a que já assistiu em jogos dirigidos pela filha.

«É difícil lidar com as bancadas. Por causa dos pais, que são injustos. Mas acho que até é mais difícil para mim do que para ela», sublinha. «Na semana passada, houve um pai que quis entrar no campo, trepou a rede e só não conseguiu chegar ao árbitro porque a rede era alta. Ela estava a fazer de fiscal de linha, insultaram-na, mandaram uma miúda de 14 anos “ir mamar”! E eu estava ali caladinho a assistir. Mas às vezes custa», reforça, não escondendo alguma revolta.

O sentimento predominante quando vê a filha em campo, contudo, é bem distinto. «Sinto muito orgulho dela, até pela idade que tem. Não se veem muitas miúdas de 14 anos já com este tipo de responsabilidade», diz, no preciso momento em que, atrás de si, Lara acaba de assinalar um penálti. «Ah, não vi!», atira sorridente enquanto espreita por cima do ombro.

E apesar do arrependimento que confessara instantes antes, Eric não tem dúvidas de que esta é uma atividade que, além de ser do agrado da filha, lhe dá ferramentas que lhe são úteis no dia-a-dia. «Isto não é só futebol. A arbitragem traz-lhe coisas muito importantes. Por exemplo, ajudá-la a manter o foco. Ela tinha essa dificuldade – e ainda tem um bocado – de estar concentrada durante muito tempo. E traz-lhe também responsabilidade», reconhece.

Mas não haveria outras formas de fomentar isso na educação da filha? «Há hobbies mais fáceis, sim. Mas este dá luta, como ela diz. E ela gosta, que é o mais importante», reage de pronto.

Quem também não esconde o orgulho pelo exemplo dado pela Lara é Roberto Rodrigues, presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Coimbra, que continua a espantar-se com a força de vontade da jovem juíza.

«Ela acabou o curso quando ainda faltava um ano para poder apitar. E na verdade, pensávamos que tirava a parte teórica e depois não vinha mais. Mas ela fez pressão para vir, e nós achámos isso muito interessante e nunca mais a largámos. Porque há muito poucos casos de jovens de tão tenra idade queiram vir para a arbitragem», explica.

E até mais difícil do que recrutar e formar árbitros é mantê-los em atividade, acrescenta, sublinhando o exemplo de superação que Lara está a mostrar naquele momento em que temos de nos abrigar num balneário para conversar sem ficarmos ensopados.

«Está a chover torrencialmente, está muito frio, e esta miúda de 14 anos sai do quentinho e do conforto do lar para vir para um campo de futebol arbitrar. É preciso ser uma pessoa muito especial!», aponta. «Por isso, eu digo que precisamos de mais Laras. A arbitragem necessita de ter mais meninas que queiram ser árbitras porque o futebol feminino vai explodir na próxima década, as mulheres vão dominar, e precisamos que a arbitragem tenha recursos humanos para responder a esse crescimento», acrescenta.

Sem muito tempo para se preocupar ainda com esse futuro que também prevê, e já com o jogo terminado, Lara pede ao pai para não a distrair no momento de preencher o boletim de jogo. E só depois disso é que vai começar a pensar no teste de francês do 9.º ano para o qual vai estudar à tarde.

«Mas agora ainda demoro um bocado a acalmar dos nervos do jogo. Ainda me estou a habituar», atira, sempre sorridente, na despedida.

Cumprido o dever, é hora de voltar a ser uma normal miúda de 14 anos. No próximo fim de semana há mais.

08.03.2024





E se não der ?!

Que sejas feliz e apaixonado pelo jogo (melhor adepto) e continues a fazer a tua atividade desportiva.
“A ELITE DA ELITE: jogadores que têm contrato de profissionais entre os 16 e 20 anos, 67% deles NÃO JOGAM FUTEBOL aos 21 anos”, Arséne Wenger (Chefe global de desenvolvimento de futebol da FIFA, janeiro de 2024)


Não subestime seu filho

Ele é bem mais forte do que você pensa! #EducaroSonho #ospaistambemjogam #deixajogar #naosejabullydebancada Vitor Santos #noseashooligan