Portugal é um País muito sui generis. Existem presidentes e treinadores a mais e directores e atletas a menos.
Em tempos, o Prof. Carlos Queirós falou da necessidade urgente de Portugal aumentar o número de praticantes de futebol. Pregou no deserto.
Que temos hoje? Muitos clubes, campeonatos a mais, treinadores no desemprego e uma falta enorme de atletas.
Os clubes estão em falência, os campeonatos não têm qualidade, valha-nos a qualidade existente a nível de treinadores e atletas. Mas isto todo sabemos. É uma constatação. São factos.
Nem vale falar na ausência de público nas bancadas, da falta de adeptos.
Nem vale falar na ausência de público nas bancadas, da falta de adeptos.
Perante esta situação que fazer?! Criam equipas, pois nem clubes os podemos considerar. É verdade.
Esta é a solução que alguns iluminados encontram para a resolução da «crise», para darem entrevistas e se apresentarem como salvadores da Pátria.
Esta é a solução que alguns iluminados encontram para a resolução da «crise», para darem entrevistas e se apresentarem como salvadores da Pátria.
Aparecem, sem recursos físicos nenhuns, sem um suporte financeiro garantido, mas um protagonista mor isso não falta de certeza.
É preciso de uma vez por todas exigir requisitos mínimos. Não devia ser possível criar um clube sem ter «casa», sem ter receitas, sem ter um projecto desportivo sério e rigoroso. Não são alternativas, não trazem nada de novo, vêm para subtrair.
Criar clubes com base e para duas ou três pessoas é protagonismo. Não serve o desporto, não serve a região.
Amanhã, estão na Câmara Municipal a exigir subsídios. O subsídio-dependência é tão triste, mas bem português e fácil.
Defendo o reforço e crescimento dos clubes existentes. Viseu já tem clubes que a sirvam, agora é unir esforços e partilhar recursos.
Dividir para reinar não serve ninguém. Consolidemos o que temos e só depois partimos para novas alternativas. Há lugar para todos mas só se corrermos na mesma direcção. Servindo e não nos servimos. Imagine-se uns campeonatos distritais de futsal, de andebol, de râguebi entre as equipas do Repesenses e do Lusitano de Vildemoínhos; do Ranhados com o Viseu e Benfica. Outras localidades têm estatuto para aparecerem como são exemplo o Farminhão e Rio de Loba. Não acredito que estes clubes fechem a porta a novas secções, caso estas sejam apresentadas com credibilidade e sempre com uma autonomia total.
Estes clubes têm adeptos, têm história, têm atletas só que também têm Presidente, treinadores e estes é que são os lugares que os protagonistas ambicionam.
Uma imagem fica este fim de semana em todos nós: a do pequeno Martunis de 7 anos, que com a camisola portuguesa vestida sobreviveu 19 dias depois da catástrofe do Tsunami. O futebol tem destes contrastes, também tem destas histórias bonitas. A reflectir.
Defendo o reforço e crescimento dos clubes existentes. Viseu já tem clubes que a sirvam, agora é unir esforços e partilhar recursos.
Dividir para reinar não serve ninguém. Consolidemos o que temos e só depois partimos para novas alternativas. Há lugar para todos mas só se corrermos na mesma direcção. Servindo e não nos servimos. Imagine-se uns campeonatos distritais de futsal, de andebol, de râguebi entre as equipas do Repesenses e do Lusitano de Vildemoínhos; do Ranhados com o Viseu e Benfica. Outras localidades têm estatuto para aparecerem como são exemplo o Farminhão e Rio de Loba. Não acredito que estes clubes fechem a porta a novas secções, caso estas sejam apresentadas com credibilidade e sempre com uma autonomia total.
Estes clubes têm adeptos, têm história, têm atletas só que também têm Presidente, treinadores e estes é que são os lugares que os protagonistas ambicionam.
Uma imagem fica este fim de semana em todos nós: a do pequeno Martunis de 7 anos, que com a camisola portuguesa vestida sobreviveu 19 dias depois da catástrofe do Tsunami. O futebol tem destes contrastes, também tem destas histórias bonitas. A reflectir.
22 de Janeiro de 2005