O Fair-Play não é apenas cumprir regras. É uma forma de pensar e agir, baseada na amizade, respeito pelo outro e espírito desportivo. Traduzido como “jogo limpo”, envolve também desportivismo e integridade.
Este conceito vai além do campo: combate batotas, doping, violência física ou verbal, desigualdade de oportunidades, corrupção e a excessiva comercialização do desporto. Valores como competição justa, solidariedade, tolerância e espírito de equipa são fundamentais, não só no desporto, mas em toda a vida.
O Dia Mundial do Fair-Play, celebrado a 7 de setembro, é uma oportunidade para reforçar estes princípios. Como afirma Pierre Zappelli, presidente do Panathlon Internacional:
“O Fair-Play inspira o comportamento do homem honesto no desporto e em todas as circunstâncias da vida.”
No entanto, na prática, muitos agentes desportivos vivem apenas uma ilusão de Fair-Play. Mau perder, simulações, tempo perdido e tentativas de enganar árbitros ainda são comuns, especialmente no futebol português. Esses comportamentos influenciam jovens atletas, que replicam essas estratégias antiéticas, confundindo vitória com desonestidade.
Treinadores, dirigentes e clubes têm a responsabilidade de ensinar que o mérito verdadeiro não se engana. Promover valores e reconhecer esforços deve estar acima do resultado imediato. Só assim o desporto cumpre o seu papel social: formar cidadãos íntegros, solidários e responsáveis.
O Fair-Play é mais do que regras — é cultura, educação e respeito. Uma prática desportiva honesta fortalece a sociedade, melhora a convivência e inspira uma geração que valoriza a lealdade acima da vitória fácil.
Que a época desportiva 2025/2026 seja marcada pelo Fair-Play, dentro e fora dos campos. Vitor Santos
