O João tem 14 anos e sonha jogar na equipa principal. Treina todos os dias com entusiasmo, dá sempre o seu melhor. Mas, quando chega o jogo, o nome dele raramente é chamado. O banco de suplentes tornou-se o seu lugar habitual.
A frustração cresce. Ele
pergunta-se se vale a pena tanto esforço. É aqui que muitos desistem. Mas
também é aqui que o sonho precisa de ser educado. Porque o banco não é um
castigo: é uma oportunidade para aprender a esperar, a trabalhar em silêncio, a
observar e crescer.
No desporto, nem sempre se entra
em campo no momento desejado. Mas a forma como se vive esse tempo fora de jogo
pode determinar tudo o que virá depois. O sonho não deve ser cortado — deve ser
guiado, moldado pela paciência, pela resiliência e pela coragem de continuar.
Educar o sonho é isto:
transformar a frustração em motivação. Preparar-se todos os dias, sabendo que
quando a oportunidade chegar, o João estará pronto.
