quinta-feira, 30 de outubro de 2025

O Número 12

Há um lugar, em cada equipa, onde todos — mais cedo ou mais tarde — se podem sentar.

O banco.

Frio no inverno. Escaldante no verão.
Lugar do silêncio, dos olhares perdidos no campo, das unhas roídas e das orações entre dentes.
Quando somos crianças, todos jogamos.
Entramos, rimos, erramos, recomeçamos.
Mas o tempo passa… e alguém tem de se sentar.
É aí que nascem os números 12.
Estão lá como todos os outros.
Correm, treinam, sonham.
Mas vivem um jogo diferente — o jogo da espera.
O guarda-redes suplente não aparece na fotografia do jornal.
Chega primeiro, sai em último.
Aplaude o colega que joga no lugar que sonha ocupar.
Não pergunta:
“Mister, quando vou jogar?”
Mas pensa, em silêncio:
“Quando precisarem de mim, estarei pronto.”
Ser o número 12 é um ato de coragem.
É ficar quando seria mais fácil desistir.
É treinar como titular, mesmo quando o nome não está na lista.
É acreditar que a camisola é sempre honrada — mesmo do banco.
Porque quem aceita o desafio, quem decide ficar e acreditar todos os dias…
já é, no fundo, um número 1.
Mesmo que o 12 esteja escrito nas costas.

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